quarta-feira, 16 de maio de 2012

Mudanças nas regras de poupança impactam no mercado imobiliário




A mudança nas regras das cadernetas de poupança abre espaço para possível redução das taxas de juros dos empréstimos. Segundo o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Cláudio Bernardes, isso impactará positivamente o mercado. As taxas do crédito imobiliário já são as menores do mercado e, por ora, não houve redução de juros, disse o economista-chefe do Secovi, Celso Petrucci.
Além da queda dos juros, as cadernetas terão de continuar com captação positiva para financiar os imóveis– o saldo líquido captado foi de R$ 1,97 bilhão, em abril de 2012, e de mais R$ 1,8 bilhão até o dia 3 de maio de 2012, ainda pelas regras antigas, com juro de 0,5% ao mês mais a TR. As cadernetas de poupança e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) são as modalidades mais baratas de obtenção de recursos para o crédito imobiliário.
Dados do mercado imobiliário de São Paulo
Segundo a pesquisa mensal do Secovi-SP, as vendas de unidades com dois dormitórios, na Capital, cresceram 47%, representando, no trimestre, 50% da comercialização total, contra 43,1% no mesmo período do ano passado, quando houve superoferta de apartamentos de um dormitório, sobretudo na região central da cidade.

Somados, os segmentos de dois e três dormitórios pesaram 81,9% nas vendas, contra 72,9% do mesmo período de 2011. Bem maior foi o desaquecimento do mercado na região metropolitana de São Paulo: as vendas caíram 4,5% e os lançamentos, 38,4%.
Nas regiões periféricas, parece cada vez mais difícil construir a custos compatíveis com o que os compradores poderiam ou desejariam pagar. A maioria, com uma renda média (segundo o IBGE) de R$ 1,72 mil e familiar entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, está apta a adquirir a moradia, mas nem sempre há oferta disponível onde deseja morar. Entre 2010 e 2011, os balanços de algumas construtoras de porte registraram maus resultados, devido a prejuízos com a construção de imóveis destinados às faixas popular e média baixa.
Os construtores preveem aumento da atividade, no segundo semestre, mas tudo depende de como se comportarão os preços. Nos bairros centrais da Capital, o preço do metro quadrado, com frequência acima de R$ 10 mil, afasta o comprador.

Fonte: Viva Real

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